
1924 Sarah Vaughan
Sarah Vaughan, nascida a 27 de março de 1924, foi uma das maiores cantoras de jazz de todos os tempos, destacando-se pelo seu timbre rico, fraseado sofisticado e um vibrato inconfundível. Com um alcance vocal extraordinário e uma capacidade única de interpretar melodias, conquistou o público e a crítica, tornando-se uma das vozes mais influentes da música.
A sua carreira começou nos anos 40, depois de vencer um concurso de talentos no Apollo Theater, o que a levou a trabalhar com grandes nomes do jazz como Dizzy Gillespie, Charlie Parker e Count Basie. Com um estilo que transitava entre o bebop e baladas elegantes, Vaughan tornou-se uma referência incontornável.
A sua voz e técnica impressionaram músicos de diferentes gerações. Aretha Franklin afirmou: "Sarah Vaughan tinha uma das vozes mais bonitas do século XX." Mel Tormé, por sua vez, descreveu-a como "a maior cantora de jazz de todos os tempos." O pianista e compositor George Treadwell, que trabalhou de perto com ela, disse: "Quando Sarah cantava, era como ouvir um instrumento celestial."
Ao longo da sua carreira, gravou inúmeros clássicos, como Misty, Lullaby of Birdland e Tenderly, deixando um legado imortal. Até hoje, é lembrada como uma artista de talento incomparável, cuja voz continua a emocionar gerações.
No aniversário de Sarah Vaughan, damos destaque a algumas curiosidades fascinantes sobre a "Divine One"! Além de ser uma das maiores cantoras jazz de todos os tempos, Sarah também era compositora e pianista! Sabia que inicialmente não gostava de "Misty", um dos seus maiores sucessos? Ou que Billie Holiday considerava a sua voz uma dádiva celestial?
Celebre connosco o talento e a música de Sarah Vaughan — um ícone eterno do jazz.
1. Pianista talentosa: Embora fosse mais conhecida pela sua voz, Sarah Vaughan também era uma excelente pianista. Ela começou a aprender a tocar piano quando era muito jovem e, ao longo da sua carreira, chegou a gravar algumas faixas em que tocava o instrumento. Contudo, preferia concentrar-se na sua voz em palco, embora fizesse algumas improvisações no piano durante os ensaios.
2. Influência no soul e R&B: Vaughan não foi apenas uma referência para os cantores de jazz, mas também influenciou cantores de soul e R&B, como Aretha Franklin, Chaka Khan e Whitney Houston. Aretha Franklin, em particular, destacou a sua admiração por Sarah, dizendo que ela foi uma das suas maiores inspirações.
3. Primeira gravação de "Misty": Embora "Misty" seja uma das suas canções mais conhecidas, muitos não sabem que foi uma sugestão de Erroll Garner, o compositor da música. Vaughan gravou "Misty" pela primeira vez em 1958, e a sua interpretação tornou-se lendária. Mais tarde, a música seria usada como tema para filmes e programas de televisão, solidificando o seu status de clássico.
4. Compositora por trás do palco: Sarah Vaughan também teve uma pequena carreira como compositora. Embora seja mais conhecida como intérprete, ela escreveu algumas das suas próprias músicas, incluindo "The World Is Mine" e "April in Paris". Algumas dessas composições ficaram fora do radar, mas mostram a sua versatilidade e profundidade artística.
5. Passou por uma fase de autossuperação: Durante os anos 60, Sarah enfrentou vários desafios pessoais e profissionais, incluindo uma batalha contra o álcool e as drogas. No entanto, ela superou essas dificuldades e voltou ao palco mais forte do que nunca, mantendo-se fiel ao seu estilo único e continuando a inovar na música.
6. Carreira cinematográfica: Sarah Vaughan também tentou a sorte no cinema. Em 1951, fez uma aparição no filme "The World We Live In", mas a sua carreira no cinema não teve o mesmo impacto que a sua carreira musical. A sua voz, no entanto, foi utilizada em várias trilhas sonoras, mostrando a sua presença no mundo do entretenimento.
7. Influência no design de palco e vestuário: Vaughan tinha uma presença de palco incrível e cuidava dos detalhes visuais das suas atuações. Ela era conhecida pelo seu estilo elegante e sofisticado, muitas vezes utilizando vestidos deslumbrantes e acessórios que refletiam a sua personalidade e a grandiosidade da sua música. A sua estética visual também teve um impacto na forma como as cantoras de jazz e pop se apresentavam no palco.
8. Carinho por "Misty": Curiosamente, Sarah Vaughan inicialmente não gostava da música "Misty". Ela achava que a canção era demasiado "simples" e não estava à altura do seu talento vocal. No entanto, quando a gravou, o público e a crítica a abraçaram de imediato. A canção tornou-se um dos maiores sucessos da sua carreira, mesmo que, à primeira vista, não fosse a sua escolha favorita.
9. Um dos primeiros álbuns ao vivo de jazz: Sarah Vaughan foi uma das primeiras artistas de jazz a lançar um álbum ao vivo de grande sucesso. O álbum "Sarah Vaughan at Mister Kelly's", lançado em 1957, foi um marco na sua carreira e na história do jazz. Registado em um clube de Chicago, o álbum capta a sua interação íntima com o público e mostra a sua verdadeira essência ao vivo.
10. Foi uma defensora do jazz vocal: Vaughan sempre defendeu a importância do jazz vocal e nunca teve receio de afirmar a sua posição. Ela acreditava que o jazz não era apenas para os músicos instrumentistas, mas que também tinha um papel crucial para os cantores. Ela dizia frequentemente: “O jazz é uma linguagem. É uma forma de arte que deve ser interpretada de maneira pessoal e única por cada cantor.”