
1987 Sting
Em outubro de 1987, Sting editava, Nothing Like the Sun, o seu segundo álbum a solo depois da saída do grupo The Police. O disco consolidou Sting como uma das vozes mais distintas da pop sofisticada dos anos 80, capaz de cruzar jazz, rock e música latina com uma escrita profundamente pessoal e socialmente consciente.
Gravado entre Montserrat e Nova Iorque, o álbum reflete um período de grande mudança na vida de Sting. A morte recente da mãe e o envolvimento em causas humanitárias marcaram fortemente as canções.
“They Dance Alone”, por exemplo, é um tributo às mães e viúvas dos desaparecidos durante a ditadura chilena de Pinochet, enquanto “Fragile” se tornou um hino pacifista e uma das composições mais icónicas da sua carreira.
Ao longo de mais de uma hora de música, …Nothing Like the Sun combina elegância musical e consciência política. Tem momentos de pura beleza melódica, como “Be Still My Beating Heart”, e outros de subtil experimentação rítmica, como “Englishman in New York”, inspirada no escritor e figura excêntrica Quentin Crisp.
O álbum contou com colaborações de músicos como Branford Marsalis, Manu Katché e Kenny Kirkland, nomes que ajudaram a definir o som jazz-pop refinado que se tornaria uma marca de Sting nos anos seguintes.
Trinta e oito anos depois, …Nothing Like the Sun mantém-se como um dos discos mais equilibrados e inspirados do seu autor, um trabalho que traduz a passagem da energia pós-punk do grupo The Police para uma maturidade artística plena, guiada pela curiosidade e pela empatia.
Lançado em plena era dourada da MTV, …Nothing Like the Sun alcançou o 1.º lugar no Reino Unido e o 9.º nos Estados Unidos, conquistando quatro nomeações para os Grammy, incluindo Álbum do Ano e Melhor Interpretação Vocal Pop Masculina. Vendeu mais de sete milhões de cópias em todo o mundo e cimentou a reputação de Sting como um dos artistas mais respeitados da sua geração.