
2002 Lisa "Left Eye" Lopes: A Perda de uma Lenda do R&B
A 25 de Abril de 2002, o mundo da música perdeu uma das suas figuras mais carismáticas e enigmáticas: Lisa “Left Eye” Lopes, membro do trio feminino TLC, faleceu tragicamente num acidente de viação nas Honduras. Tinha apenas 30 anos.
A notícia da sua morte correu o mundo rapidamente. O Los Angeles Times noticiava: “Lisa Lopes, a rapper de energia incandescente do trio multi platinado TLC, morreu num acidente de viação, deixando um vazio irreparável no grupo e no coração dos fãs.” O The Guardian descreveu-a como “uma força criativa irreprimível, cuja presença definiu o som e o estilo das TLC.”
“Perdi a minha irmã. Ela era mais do que uma amiga ou uma colega de banda — era uma parte de mim. O mundo nunca mais será o mesmo sem ela, mas sei que o seu espírito e a sua música vão viver para sempre." — Chilli (Rozonda Thomas)
O acidente aconteceu durante uma viagem espiritual que Lisa fazia pelas Honduras, país que visitava frequentemente em busca de equilíbrio interior. Conduzia uma carrinha que se despistou numa estrada rural, causando o capotamento do veículo. Lisa foi a única fatalidade entre os ocupantes.
Como membro das TLC — ao lado de Tionne “T-Boz” Watkins e Rozonda “Chilli” Thomas — Lisa ajudou a redefinir o R&B e o hip hop dos anos 90, combinando atitude, consciência social e inovação musical. O álbum CrazySexyCool (1994), vencedor de um Grammy, tornou-se um marco, e o icónico tema Waterfalls consolidou o grupo como uma voz com mensagem.
“Left Eye” destacou-se não só pela sua energia em palco, mas também pela escrita afiada e pela personalidade intensa. Era muitas vezes vista como o coração rebelde das TLC, ousada, criativa e imprevisível — características que a tornaram inesquecível.
A sua morte deixou o grupo e os fãs em choque. T-Boz e Chilli descreveram-na como “a irmã que nos ensinou a ser corajosas”, e o mundo da música uniu-se num tributo à sua memória. Mais tarde, em 2002, foi lançado o álbum 3D, com gravações inéditas de Lisa, como forma de homenagem póstuma.
Hoje, mais de duas décadas depois, Lisa Lopes continua a ser lembrada como uma artista irrepetível — uma voz que falou sem medo, uma mente criativa em constante ebulição, e uma alma inquieta que procurava mais do que fama.