
2013 George Duke
Faz hoje, 5 de agosto, 2 anos que faleceu George Duke, um dos nomes mais versáteis e respeitados da música negra americana. Morreu em 2013, aos 67 anos, vítima de leucemia, deixando para trás uma obra vasta que atravessa o jazz, o funk, a soul e a música popular com uma naturalidade que poucos conseguiram igualar.
George Duke começou por estudar piano clássico, mas foi no jazz que encontrou a sua primeira casa. Ainda nos anos 60, tocou com Jean-Luc Ponty e Cannonball Adderley, e logo depois mergulhou no universo excêntrico de Frank Zappa, onde desenvolveu o gosto pela experimentação e pelas texturas electrónicas. Foi nessa fase que começou a explorar os sintetizadores de forma pioneira, tornando-se uma referência no uso de teclados no jazz fusion e no funk.
Nos anos 70 e 80, a sua carreira a solo ganhou expressão, com álbuns como Reach for It (1977), Master of the Game(1979) ou Guardian of the Light (1983), onde conjugava groove, virtuosismo e uma abordagem profundamente melódica. Canções como “Dukey Stick” ou “Sweet Baby”, em parceria com Stanley Clarke, são apenas dois exemplos do seu talento para criar música complexa e, ao mesmo tempo, acessível.
Para além da sua carreira como intérprete, George Duke foi também um produtor de mão cheia, trabalhando com artistas como Anita Baker, Deniece Williams, Jeffrey Osborne, Gladys Knight, Natalie Cole e até Miles Davis. A sua sensibilidade musical permitia-lhe entrar em diferentes géneros sem nunca perder a identidade.
Homem de palco, de estúdio, de intuição e técnica, George Duke deixou uma herança que ainda hoje se ouve em muitos músicos contemporâneos, especialmente na cena nu-jazz, soul moderna e R&B alternativo.