Em 1997, morreu aos 45 anos Nicolette Larson, cantora e compositora norte-americana cuja carreira atravessou o country-rock, o soft rock e o pop da Costa Oeste. A causa oficial foi um edema cerebral que evoluiu rapidamente após uma forte crise de saúde, deixando o meio musical em choque pela perda precoce.

Nascida em 1952, Larson tornou-se uma das vozes femininas mais procuradas da cena musical de Los Angeles nos anos 70. Era conhecida pela versatilidade, pelo timbre quente e pela facilidade com que se integrava em harmonias complexas, características que a levaram a colaborar com Linda Ronstadt, The Doobie Brothers, Emmylou Harris, Hoyt Axton e, sobretudo, Neil Young. Foi precisamente ao lado de Young que ganhou maior destaque, com participações em álbuns decisivos do canadiano e, mais tarde, com a gravação de “Lotta Love”, o tema que colocou o seu nome nas tabelas norte-americanas e que continua a ser a sua canção mais emblemática.

Ao longo dos anos 80, Nicolette Larson navegou entre discos a solo, colaborações em estúdio e incursões pelo country, onde conquistou algum sucesso adicional. Apesar de nunca ter repetido o impacto comercial de “Lotta Love”, manteve uma reputação sólida entre músicos, produtores e engenheiros de som, sendo frequentemente elogiada pela disciplina em estúdio e sensibilidade interpretativa.