Um documento manuscrito encontrado debaixo de uma almofada de um sofá na casa de Aretha Franklin constitui um testamento válido, o júri de um tribunal norte-americano apreendeu esta terça-feira para resolver um diferendo entre os filhos da "Rainha do Soul", falecida em 2018.
Os documentos, de difícil leitura, parecem partilhar os seus bens, nomeadamente imóveis, mas também jóias, peles, aparelhagem de som e direitos musicais. Um deles, datado de 2010, foi descoberto num armário trancado. Outro, datado de 2014, foi encontrado sob as almofadas do sofá.
Dois dos seus filhos, Edward e Kecalf Franklin, defendem o documento de 2014. Outro, Ted White Jr, afirma que o documento de 2010 no gabinete é o mais legítimo. Ambos os testamentos parecem indicar uma distribuição igualitária de direitos autorais entre os três filhos.
A decisão do júri, composto por seis pessoas, é particularmente favorável a Kecalf Franklin e os seus filhos, que devem herdar a residência principal da cantora, uma mansão localizada num subúrbio nobre de Detroit.
A acção destacou a assinatura do documento de 2014, que dizia "A. Franklin", com um pequeno desenho em forma de cara sorridente na primeira inicial, que Kecalf Franklin diz ser "característica" da caligrafia da sua mãe.
A "Rainha do Soul" morreu aos 76 anos a 16 de Agosto de 2018 em Detroit de cancro no pâncreas, após uma carreira de seis décadas que a tornou uma das artistas mais respeitadas dos Estados Unidos.