Uma nova investigação revelou algo surpreendente: abelhões conseguem distinguir sinais semelhantes ao código Morse, identificando flashes curtos e longos de luz — uma capacidade até agora vista apenas em humanos e outros vertebrados.

Cientistas da Queen Mary University of London treinaram abelhões num pequeno labirinto, onde um flash curto indicava recompensa com açúcar e um flash longo estava associado a uma substância amarga. As posições mudavam sempre, obrigando os insetos a focarem-se apenas na duração da luz.
Depois de aprenderem a tarefa, os abelhões escolheram consistentemente o flash correto, mesmo sem açúcar presente, provando que reconheciam a diferença de duração.
Os investigadores consideram notável que estas espécies, que não encontram luzes intermitentes na natureza, consigam processar o tempo com tanta precisão. A descoberta pode ajudar a compreender como funcionam os “relógios internos” dos animais — e até inspirar sistemas de inteligência artificial mais eficientes.