No dia 30 de abril de 1983, Michael Jackson chegou a #1 no top de vendas dos EUA com Beat It, o terceiro single do icónico álbum Thriller. A canção, marcada por uma fusão ousada entre pop, R&B e rock, destacou-se pelo seu groove inconfundível e solo de guitarra explosivo de Eddie Van Halen, que aceitou gravar sem cobrar um cêntimo.

Ouvi a canção e perguntei: 'Posso mudar algumas partes?' O engenheiro montou as secções conforme sugeri, e depois improvisei dois solos. — Eddie Van Halen

Escrita por Michael Jackson e produzida em conjunto com Quincy Jones, “Beat It” foi pensada como uma forma de alcançar um público mais vasto, ao incluir uma sonoridade mais pesada e urbana. 

Queria uma canção de rock no álbum. Michael não estava interessado no início, mas depois escreveu 'Beat It'. — Quincy Jones

O resultado foi uma faixa que uniu mundos aparentemente distantes — e que se tornou um marco cultural, tanto pelo som como pelo vídeo, que promove uma poderosa mensagem anti-violência.

O vídeo, realizado por Bob Giraldi, foi também um sucesso imediato. Dois grupos rivais enfrentam-se numa coreografia tensa e cinematográfica, com Jackson a intervir para pôr fim ao conflito — uma narrativa visual que reforçava o apelo social da letra: “Don’t be a fool / Don’t be a tough guy / Just beat it”.

“Beat It” ganhou os Grammys de Melhor Performance Vocal Masculina e Melhor Canção de Rock, e foi fundamental para cimentar o estatuto de Thriller como o álbum mais vendido de sempre. Além disso, o sucesso do single ajudou a abrir portas a artistas negros na MTV, ao lado de “Billie Jean” e “Thriller”, revolucionando o espaço visual da música pop nos anos 80.

Com “Beat It”, Michael Jackson não só demonstrou a sua versatilidade artística, como reafirmou a sua capacidade de cruzar géneros e derrubar barreiras — consolidando-se, de forma definitiva, como o Rei da Pop.