No verão de 1993, o Reino Unido rendia-se a uma nova voz: Gabrielle, neste dia, 26 de junho, chegava ao #1 do top de vendas com o single de estreia. Dreams, era o início de uma história improvável, com uma canção que falava precisamente disso — de acreditar no impossível.

Dreams não era apenas uma faixa pop com batida R&B e groove suave. Era uma declaração de fé, escrita por Gabrielle durante uma fase de frustrações pessoais e profissionais. A frase de abertura — “Dreams can come true” — soava quase como um mantra, e o público sentiu isso. Dreams chegou ao topo numa altura em que dominavam sons mais agressivos, provando que havia espaço para esperança e delicadeza.

A produção original do tema foi recusada por algumas editoras, mas tudo mudou quando surgiu uma versão com sample de Fast Car de Tracy Chapman. A editora teve de substituir esse sample por razões legais, mas a força da canção manteve-se intacta — e Dreams entrou diretamente para o número 2, subindo para o primeiro lugar na semana seguinte.

Com este êxito, Gabrielle tornou-se a artista feminina britânica com a mais alta entrada de sempre na tabela de estreia, até então. O tema permaneceu no top 10 durante 8 semanas e acabaria por ser disco de platina.

Além do sucesso comercial, Dreams marcou uma viragem na música pop britânica, ao abrir portas para uma nova geração de artistas R&B e soul no Reino Unido. Com o seu visual marcante, Gabrielle, rapidamente tornou-se uma figura de estilo e símbolo de autenticidade. Seguiram-se outros sucessos, como Rise, Out of Reach (banda sonora de Bridget Jones's Diary) e Give Me a Little More Time, mas Dreams continua a ser o seu tema mais icónico de Gabrielle.