Agenda Marginal

2ª a 6ª feira – 09h50 | 17h10

João Roiz Ensemble

Nos 50 anos do 25 de Abril, o João Roiz Ensemble...

Faz uma reflexão musical acerca da dialética – nem sempre pacífica – revolução/evolução, apresentando obras de Beethoven, Lopes-Graça, Schostakovich, Carrapatoso e Puccini, que espelham esta dicotomia.

Poder-se-á notar este conflito num dos primeiros quartetos de Beethoven – op.18 nº4 -, quando o compositor estava ainda sob o jugo do fervor revolucionário que em inícios de Séc. XIX varria a Europa central, e que o levou a expandir de forma decisiva uma estética musical tão pacientemente solidificada nos 150 anos precedentes; em Schostakovich, por outro lado, ouvimos sem mácula os sons dos realismo socialista, a nova arte de vanguarda popular (a vanguarda de então); em Lopes-Graça e Eurico Carrapatoso, sob ângulos diferentes, é possível sentir o olhar para as tradições musicais mais profundas de um Portugal ainda não contaminado pelas músicas europeias, restos de um folclore puro, que diz mais sobre a importância da permanência e conservação de valores e tradições do que das técnicas musicais revolucionárias com que as mesmas têm sido tratadas desde a segunda metade do século XX; em Puccini podemos escutar as belezas de uma arte musical europeia madura, de carácter conservador, que assumidamente rejeita as revoluções estéticas que aparecem nos finais do século XIX e inícios do século XX, repertório esse que, talvez por isso, é ainda dos mais amados.

João Roiz Ensemble, hoje e amanhã (Dias 17 e 18 de Abril) às 19h30 no São Luiz Teatro Municipal.

 

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