Hoje assinala-se o aniversário de Bryan Ferry, nascido a 26 de setembro de 1945 em Washington, Inglaterra. Reconhecido tanto pela carreira a solo como pelo papel central nos Roxy Music, Ferry é uma figura que ajudou a moldar o panorama da música pop e art rock desde os anos 70, combinando inovação sonora com um sentido estético muito próprio.

Antes de se dedicar à música, Ferry estudou arte e design na Newcastle University, uma formação que viria a influenciar não só a imagem visual da sua banda como também a sua abordagem criativa à música. 

Em 1971, fundou os Roxy Music com Brian Eno, Andy Mackay, Phil Manzanera, Paul Thompson e Graham Simpson. A banda destacou-se por fundir glam rock, art rock e pop sofisticada, criando álbuns icónicos como Roxy Music (1972), For Your Pleasure (1973), Stranded (1973) e Avalon (1982), este último considerado um marco do rock contemporâneo.  A sua voz distinta e elegante tornou-se uma assinatura do grupo, capaz de unir sensualidade e frieza controlada em cada interpretação.

Paralelamente, Bryan Ferry iniciou uma carreira a solo que se tornou igualmente influente. Desde os anos 70, lançou álbuns como These Foolish Things (1973), uma coleção de versões de standards, até Bête Noire (1987) e Frantic (2002). Entre os seus êxitos mais conhecidos estão “Slave to Love”, “Don’t Stop the Dance” e “Tokyo Joe”, temas que mostram a sua capacidade de fundir pop, jazz, soul e elementos de música eletrónica com uma abordagem sofisticada e emocionalmente envolvente.

Ferry é também conhecido pelo seu estilo e presença, tanto em palco como fora dele. A estética elegante e a atenção ao detalhe visual foram sempre parte integrante da sua carreira, influenciando gerações de músicos e artistas visuais. A sua longevidade na indústria, com mais de cinco décadas de atividade, demonstra uma capacidade rara de reinventar-se sem perder a identidade artística.

Mais do que um intérprete ou compositor, Bryan Ferry é uma referência cultural, alguém que redefiniu a relação entre música, imagem e estilo. A sua obra continua a inspirar músicos, fãs e críticos, consolidando-o como um dos nomes mais significativos da música britânica contemporânea.