Hoje assinala-se o aniversário de Tracey Thorn, nascida a 26 de setembro de 1962 em Brookmans Park, Inglaterra. Cantora e compositora, é reconhecida principalmente pelo trabalho com o duo Everything But The Girl, que se tornou uma das bandas mais influentes da pop britânica das últimas décadas, combinando elementos de jazz, soul, folk e, mais tarde, electrónica.

Tracey começou a explorar a música ainda jovem, participando em grupos locais e desenvolvendo uma sensibilidade para melodias minimalistas e letras intimistas. Em 1982 conheceu Ben Watt, com quem formaria Everything But The Girl. O duo lançou álbuns como Eden (1984), Love Not Money (1985) e Baby, the Stars Shine Bright (1986), estabelecendo-se com um som elegante e sofisticado, que se afastava do pop mainstream da altura. 

No final dos anos 80 e início dos anos 90, o grupo explorou uma abordagem mais electrónica, culminando em Walking Wounded (1996), que incorporou drum and bass e trip hop, trazendo êxito internacional com a versão remix de “Missing”, que se tornou um clássico global. Para além do trabalho com Everything But The Girl, Tracey Thorn desenvolveu uma carreira a solo, lançando álbuns como Out of the Woods (2007) e Record (2018). 

Nestes projetos, manteve a mesma atenção à intimidade das letras e à clareza das melodias, ao mesmo tempo que explorava novas sonoridades e colaborações com produtores contemporâneos. Também escreveu sobre música e cultura, destacando-se pelo olhar perspicaz e pelo estilo direto.

A carreira de Tracey Thorn distingue-se pela capacidade de reinventar-se sem perder identidade. Conseguiu equilibrar sucesso comercial com autenticidade artística, mantendo a sua voz delicada e emotiva como assinatura. Hoje, é uma referência para várias gerações, reconhecida pela elegância, pela sensibilidade e pela forma única como combina storytelling e musicalidade na pop contemporânea.