
1987 Michael Jackson
A 26 de setembro de 1987, Bad chegava ao nº1 nos Estados Unidos, apenas um mês depois de ter sido editado. Era o regresso de Michael Jackson cinco anos após Thriller, um intervalo marcado por uma expectativa enorme: o mundo queria saber se o artista conseguiria repetir o impacto do álbum mais vendido de todos os tempos.
Jackson assumiu maior controlo criativo em Bad: escreveu a maioria das canções, esteve diretamente envolvido na produção ao lado de Quincy Jones e procurou uma sonoridade mais dura, urbana e contemporânea. O resultado foi um disco que explorava várias facetas, do pop épico de “Man in the Mirror” ao funk de “Another Part of Me”, do rock com “Dirty Diana” ao groove contagiante de “The Way You Make Me Feel”.
O impacto foi imediato. Bad entrou diretamente para o topo da Billboard 200 e viria a marcar a história ao colocar cinco singles diferentes no nº1 norte-americano: “I Just Can’t Stop Loving You”, “Bad”, “The Way You Make Me Feel”, “Man in the Mirror” e “Dirty Diana”. Um feito inédito, que reforçou a dimensão única de Jackson no panorama musical.
A digressão mundial que acompanhou o álbum foi também histórica. Começou em setembro de 1987 em Tóquio e prolongou-se até 1989, com 123 concertos em 15 países, vistos por mais de 4 milhões de pessoas, na altura, a maior tournée já realizada por um artista solo.
Para além dos números, Bad consolidou a imagem de Jackson como o “Rei da Pop”. Se Thriller tinha sido o álbum que mudou as regras da indústria, Bad mostrou que ele não era apenas um fenómeno momentâneo, mas um artista capaz de redefinir continuamente o seu próprio lugar na cultura popular.